quinta-feira, 28 de julho de 2011

Congresso Acessível de olho na Copa de 2014




Brasil já se prepara para receber turistas com deficiência na Copa do Mundo em 2014 e nas Olimpíadas e Paraolimpíadas, em 2016. Prova disso é a realização do Congresso Brasileiro de Turismo Acessível, que será de 28 a 30 de setembro, em Socorro, estância turística do interior paulista considerada modelo de acessibilidade.
Estão convidados órgãos públicos, empresas do setor hoteleiro, aéreo, rodoviário, ferroviário,
guias turísticos, agentes de viagens, associações e entidades do setor de turismo. Das 500 vagas
disponíveis, 100 já foram preenchidas.
O evento é gratuito e as inscrições vão até 30 de agosto no site do congresso (http://cbta.
sedpcd.sp.gov.br).
Realizado pela Secretaria de Estado dos Direitos da Pessoa com Deficiência em parceria com a Prefeitura Municipal da Estância Turística de Socorro, tem apoio do Ministério do Turismo e da Secretaria de Turismo do Estado de São Paulo. A expectativa do assessor da secretaria
Vanilton Senatore, organizador do congresso, é atingir todas as esferas de turismo, desde a
agência de viagem até a rede hoteleira e gastronômica paulista e brasileira: “Queremos sensibilizá-las da necessidade de ampliar atendimento com qualidade e quantidade às pessoas
com deficiência. É importante que esse público faça turismo, de carro ou de ônibus, e desfrute
as mesmas atrações que as demais pessoas”.
Para Senatore, o turismo acessível no Brasil evoluiu nos últimos dez anos, mas ainda deixa a desejar nas áreas de hotelaria e gastronomia. Nos poucos hotéis que possuem recursos de acessibilidade (como rampa, por exemplo), “são reserva das poucas vagas às pessoas com deficiência.
Na área gastronômica, as cidades turísticas em geral não oferecem acesso apropriado, banheiro
adaptado e cardápio em braile. Outro problema é o despreparo dos funcionários”.
No Circuito das Águas Paulista, que integra municípios da Serra da Mantiqueira, cujas águas são conhecidas pelos seus poderes de cura, Senatore informa que esse público tem dificuldade de acesso desde a hospedagem até o transporte de uma cidade a outra. Para reverter o problema, o congresso discutirá temas relevantes, entre eles perfil socioeconômico desse público, exemplos
de turismo acessível dentro e fora do País e bem atender no turismo acessível: “Donos de hotel, restaurante e outros pontos de turismo precisam saber que as pessoas com deficiência possuem potencial econômico significativo e atualmente não há muitas opções de turismo acessível”. Senatore estima que cerca de 30% dessas pessoas pertencem à classe média ou acima.
Na palestra com exemplos de turismo acessível no Brasil haverá destaque para a Estância Turística de Socorro, que oferece hotéis com acessibilidade, turismo de aventura adaptado e é referência para o Ministério do Turismo. É uma das campeãs da edição 2010 do Prêmio Governo do Estado de São Paulo Ações Inclusivas para as Pessoas com Deficiência.
Outro exemplo de boa prática, a ser discutido no congresso, é o projeto Praia Acessível, criado em 2010 pela Secretaria dos Direitos da Pessoa com Deficiência.
Com apoio de equipe especializada, cadeiras adaptadas são emprestadas a pessoas com deficiência física para banhos em praias de 14 municípios do litoral paulista. No âmbito internacional, já está confirmada a presença de representante da Austrália, que abordará os recursos de acessibilidade empregados nas Olimpíadas e Paraolimpíadas de Sidney, há 11 anos. As experiências das praias da cidade francesa Saint Jean, que adotam equipamento para
auxiliar pessoas com deficiência visual a nadar com segurança, também serão relatadas.
O evento permitirá que secretários estaduais de Turismo e os municípios paulistas discutam ações para subsidiar políticas públicas que assegurem os direitos das pessoas com deficiência ao acesso do pleno turismo.
A montagem e a estadia dos convidados representam cerca de R$ 600 mil de investimentos
da Secretaria de Estado dos Direitos da Pessoa com Deficiência. O Ministério
do Turismo e a Secretaria de Turismo do Estado de São Paulo apóiam na divulgação
do evento entre os conselhos estadual e nacional da categoria.
Viviane Gomes
Da Agência Imprensa Oficial
28-07-2011

quarta-feira, 20 de julho de 2011

Encontros e Palestras para Discutir educação e emprego pra as Pessoas com Deficiência

Secretaria dos Direitos da Pessoa com Deficiência
e parceiros promovem palestras em dez cidades
paulistas para discutir educação e emprego para
pessoas com deficiência.

Imagem Google


O Poder Legislativo, pessoas com algum tipo de deficiência, instituições de diversos segmentos e cidadãos em geral estão convidados a participar da 2ª Caravana da Inclusão, Acessibilidade
e Cidadania. O evento será realizado de julho a dezembro, em dez cidades paulistas, e pretende debater questões relacionadas à educação inclusiva e mercado de trabalho.
A Caravana da Inclusão é fruto de parceria entre a Secretaria de Estado dos Direitos da Pessoa com Deficiência e a União de Vereadores do Estado de São Paulo (Uvesp), Rede Lucy Montoro
e apoio do Conselho Estadual para Assuntos da Pessoa com Deficiência (CEAPcD). A discussão ocorrerá em Piracicaba, Olímpia, Mogi dasCruzes,Catanduva,LençóisPaulista,
Assis,Itapetininga, Araraquara, Pariquera Açu e na cidade de São Paulo.
“A ideia é que após as discussões, as prefeituras ouçam as reivindicações das instituições e adotem leis em benefício das pessoas com deficiência”, explica o presidente da Uvesp, Sebastião Misiara. Ele conta que a Uvesp convidou diversas associações (que atendem esse público e
atuam por seus direitos) a participarem da Caravana. O evento terá apoio das
câmaras e prefeituras municipais, fundamental para a mobilização para inclusão
social e cidadania.

Sem preconceito – O coordenador da segunda edição da Caravana, Carlos Alberto Cruz Filho, conta que os objetivos da secretaria são divulgar todos os programas e atividades da pasta, promovendo visibilidade e comunicar-se diretamente com o público alvo (pessoas com qualquer
tipo de deficiência). Nas dez cidades escaladas, os encontros abordarão temas fundamentais à plena inclusão: Educação Inclusiva, Trabalho e Renda, Ações e Programas Prioritários da
secretaria e outros. As palestras serão ministradas por especialistas da área e representantes
da pasta.
A secretaria fez pesquisa com a rede estadual de ensino e constatou que problemas nas relações familiares das crianças com deficiência estão ligados ao mau desempenho delas na escola. Verificou, também, que muitos profissionais de ensino têm dificuldade em compreender o que
é deficiência. Por isso, a secretaria defende que a Educação Inclusiva seja adotada como política sistêmica, sendo inserida em meios educacionais de forma generalizada,
fazendo com que cada vez mais haja conexão entre todos os alunos da rede de ensino.

Políticas públicas – “Na área da educação, um delegado regional de ensino palestrará sobre a importância de não discriminar crianças com alguma deficiência na escola. Queremos que elas sejam incluídas na mesma sala de aula dos demais alunos”, informa o coordenador e chama a atenção para o fato de que a lei federal de cotas para trabalho de pessoas com deficiência existe
há 20 anos, mas não é respeitada: “vamos alertar para o cumprimento dessa legislação.
Queremos conscientizar as pessoas comdeficiência a exigir seus direitos”. Misiara conta que as pessoas com deficiência que participarem da Caravana terão reconhecimento do Ministério do Trabalho.
A Uvesp relacionará os participantes e suas qualificações profissionais e enviará essas
informações a empresas de vários segmentos como sugestão de candidatos a emprego e assim cumprirem a lei de cotas. O coordenador Cruz Filho informa que um dos argumentos das empresas é que entre as pessoas com deficiência muitas não são qualificadas. Por isso, a secretaria criou programa em parceria com o Serasa e a Secretaria de Emprego e Relações do
Trabalho para oferecer cursos a esse público em diversas áreas. Esse assunto também
será debatido durante as palestras. Da primeira Caravana, em 2010, com a participação de 5 mil pessoas, Misiara destaca alguns resultados positivos: “surgiram leis que representam a mudança de atitude dos legisladores. Por exemplo, a construção de calçadas seguras em São José dos Campos, acessibilidade na Câmara Municipal de Paraibuna. Já as câmaras municipais de
Rincão, Nova Odessa, Barretos, Olímpia, Jaú, Fernandópolis e Rio Claro determinaram o recenseamento anual das pessoas com deficiência. Assim, elas passam a ser observados
para melhorar as políticas públicas”.
Existem cerca de 5 milhões de pessoas com deficiência no Estado de São Paulo e mais de
26 milhões no Brasil.

Viviane Gomes
Da Agência Imprensa Oficial de 20/07/2011.




Agenda de seminários
Piracicaba 30 de julho
Olímpia 13 de agosto
Mogi das Cruzes 27 de agosto
Catanduva 10 de setembro
Lençóis Paulista 24 de setembro
Assis 8 de outubro
Itapetininga 22 de outubro
Araraquara 12 de novembro
Pariquera Açu 26 de novembro
São Paulo 10 de dezembro

segunda-feira, 18 de julho de 2011

Pedro Henrique


Meu sobrinho, hoje com tem 2 anos e 5 meses. Nasceu com seis meses de gestação, ficou no UTI pré- natal uns três meses. A função renal deficitária foi a primeira descoberta da equipe médica. Um dos rins não funciona e o outro tem sua capacidade muito reduzida. Desde então só um transplante, que deverá ocorrer depois dos três anos ou quando estiver com peso acima dos 12 kg.
Pedro Henrique também nasceu surdo. Os pais desconfiaram que ele não ouvia e no hospital em que se tratava fez os testes e descobriram a surdez, tinha então uns quatro meses de vida e no inicio deste ano(2011) colocou o Implante Coclear e já demonstra melhoras no aparelho auditivo.


Neste sexta feira foi internado e no sábado, dia 16-07-11, passou por algumas cirurgias. Como o sistema renal não funciona adequadamente sua bexiga não desenvolveu-se, a cirurgia e para infla-la e deixa-la pronta para receber a urina que um novo rim irar produzir, tirou o rim que não funciona,operou a fimose, pois uma sonda foi colocada e aproveitou para reinstalar o cateter por onde recebe alimentos pois o antigo estava infeccionado. Passa bem, já saiu da UTI e está na Semi-intensiva.
Toda força Pedro Henrique...

terça-feira, 12 de julho de 2011

ACESSIBILIDADE SOBRE RODAS

ACESSIBILIDADE SOBRE RODAS

Cadeira de rodas automatizada, desenvolvidana Poli, permite autonomia e melhora a autoestima de pessoas com deficiência.

A inspiração para criar o modelo veio de outras cadeiras que já existem pelo mundo afora. Contudo, o alto custo de um equipamentomoderno (cerca de 40 mil reais) não permite que muitas pessoas com capacidade reduzida de movimentação as adotem.
Parceria estabelecida em 2009 entre a USP e a Secretaria de Estado dos Direitos da Pessoa com Deficiência possibilitou a criação desse equipamento, com poucos recursos financeiros e muita tecnologia. O protótipo já está sendo experimentado. A ideia dos engenheiros da Poli foi criar
um sistema eletrônico que operasse não somente a cadeira de rodas, mas aparelhos de TV, mouse de computador, sistema de iluminação de uma casa, entre outras funcionalidades.
E que favorecesse, principalmente, a população de baixa renda. Tudo isso com mecanismos de fácil operação: joystick, de chaves, de toque e uma interface de sopro operada pelo próprio condutor do equipamento.
De acordo com o coordenador do projeto, o engenheiro do LSI, Marcelo Archanjo, o produto desenvolvido fará com que o tetraplégico ou o cadeirante possa ter melhor mobilidade motora dentro ou fora de casa.
“Sabemos que uma pessoa com tetraplegia fica a maior parte do tempo imóvel, numa cama, pois o custo de um equipamento é altíssimo para os padrões brasileiros. A nossa proposta é promover a estes cidadãosmelhor qualidade de vida e mais motivação”.

Detalhes essenciais – O projeto foi dividido em três módulos: módulo de potência (que comanda os motores da cadeira), módulo de controle (configura e controla o aparelho de TV por infravermelho ou mouse do computador via bluetooth) e o dispositivo de interface, que dá acesso à comunicação do usuário com os menus do sistema.

Assistência contínua

A tetraplegia é consequência irreversível de patologias neurológicas ou neurocirúrgicas graves. Afeta todas as quatro (em grau variável) extremidades, superiores e inferiores, juntamente
à musculatura do tronco. O tetraplégico tem necessidade de assistência contínua durante toda a vida. Esta pessoa, quase sempre, necessita da intervenção alheia para lhe assegurar mobilidade
e realizar atividades cotidianas, como comer ou praticar a higiene pessoal.
A concepção teve o foco principal na plataforma de código aberto (open hardware e software), ou seja, uma patente livre sem ter de pagar por direitos autorais.
Para Arthur Barcellos, pesquisador da Poli, há uma tendência para que as inovações na área de acessibilidade sejam cada vez mais abertas e dinâmicas. “O código permite que qualquer interessado na proposta aperfeiçoe o projeto sem pagar nada por isso. Entretanto, é necessário
sempre investir em inovação e pesquisa de ponta”.
As peças para montagem de uma plataforma como a desenvolvida na USP podem ser compradas em média por cerca de mil reais (sem contar o preço da cadeira e dos motores). Conforme informado por Barcellos, essa estimativa corresponde ao custo dos componentes comprados no
varejo. Os pesquisadores do LSI aguardam o apoio também da indústria de automação para o financiamento do projeto.
Segundo Archanjo, é importante que a cadeira se adapte para qualquer pessoa com mobilidade reduzida ou total. “Instalamos várias formas de interação para o cadeirante, desde sopro (por meio de uma pequena mangueira), botões de pressão (como um controle remoto) e outro com um painel sensível ao toque, sem que a pessoa faça força para a execução das tarefas”. Numa
casa, por exemplo, não seria necessário modificar as áreas estruturais, pois toda comunicação seria automatizada via sistemas de redes sem fio. O que será feito por empresa especializada neste tipo de instalação residencial.

Anderson Moriel Mattos
Da Agência Imprensa Oficial do Estado de São Paulo
Poder Executivo - Matéria Publicada em 12-07-2011.