terça-feira, 18 de dezembro de 2012

Melhores práticas inclusivas

Secretaria dos Direitos da Pessoa com Deficiência de São Paulo premia entidades que desenvolveram práticas inclusivas que se destacaram em 2012

Entidades que trabalham a favor das pessoas com deficiência tiveram seus projetos reconhecidos no 3º Prêmio Ações Inclusivas para Pessoas com Deficiência (edição 2012), da Secretaria dos Direitos da Pessoa com Deficiência. Nesta edição, ocorrida na semana passada,


foram inscritos representantes da gestão pública e de instituições não governamentais sem fins lucrativos de todo o Estado. De acordo com os critérios estabelecidos no regulamento do prêmio, 30 ações finalistas receberam certificado de participação e foram selecionadas. As dez melhores práticas inclusivas ganharam troféu, placa de menção honrosa, divulgação na impressa e no site da secretaria.

O Brasil tem cerca de 45 milhões de pessoas com algum tipo de deficiência, e somente no Estado de São Paulo esse número ultrapassa 9 milhões. De acordo com a pasta, o prêmio visa ao reconhecimento público, à promoção e difusão de práticas bem-sucedidas, adotadas por instituições públicas e privadas, voltadas à inclusão social, à defesa de direitos e à cidadania da pessoa com deficiência. E que possam ser replicadas como referência em outras localidades do Estado e do País.



Personalidades do ano



Foram 140 projetos inscritos, dos quais 38 saíram finalistas. Desses, foram premiadas as dez melhores práticas inclusivas do Estado: cinco governamentais e cinco não governamentais.

Concorreram ao prêmio práticas inclusivas realizadas nos municípios de Barueri, Bauru, Bertioga, Campinas, Capuava, Caraguatatuba, Jundiaí, Lençóis Paulista, Limeira, Lorena, Peruíbe, Piracicaba, Ribeirão Preto, Santos, São Caetano do Sul, São José dos Campos, São José do Rio Preto, capital, Sorocaba e em outras cidadespaulistas.

Os promotores de Justiça Julio Cesar Botelho e Lauro Luiz Gomes Ribeiro foram reconhecidos como personalidades do ano 2012 na área de defesa dos direitos e inclusão

da pessoa com deficiência.

Nas categorias menção honrosa e governamental, o prêmio foi para duas entidades estaduais. O primeiro para a Secretaria do Emprego e Relações do Trabalho, com o Programa de Apoio à

Pessoa com Deficiência (Padef), criado em 1995. O projeto visa a ajudar essas pessoas a conseguir uma colocação no mercado de trabalho. Até hoje, mais de 12 mil delas estão empregadas graças à atuação do programa.

E o segundo foi para o Laboratório de Acessibilidade – Biblioteca Central Cesar

Lattes (LAB), da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp).



Destaque – Inaugurado em dezembro de 2002, tem como intuito garantir aos alunos com deficiência o direito de realizar seus estudos de nível superior em ambientes inclusivos de ensino e aprendizagem. O LAB comporta pequeno acervo de livros em braile e de audiolivros, em MP3 e em formato Daisy, bem como obras de referência em mídia digital, como dicionários, tradutores, entre outras.

Na categoria destaque, o projeto Atendimento ao Cidadão em Situação de Emergência, do Centro de Processamento de Dados da Polícia Militar do Estado, foi um dos vitoriosos. “É a primeira vez que participamos”, diz entusiasmado o major Francisco Cangerana. Por meio de SMS (celular), a pessoa surda pode solicitar os serviços de emergência, quer do policiamento, quer dos bombeiros, utilizando esse recurso sem custos e – o melhor – sem

intermediários, diz.

Ainda na categoria destaque, o município de Caraguatatuba conquistou o prêmio com o projeto Caraguá Acessível:

Construindo Espaços Inclusivos. De acordo com a Secretaria Municipal dos Direitos da Pessoa com Deficiência (SMDPD) o projeto une seis pontos turísticos que beneficiam o lazer por meio de uma rota acessível, incluindo recursos adaptados e construções conforme o “desenho universal”, possibilitando o acesso, a mobilidade e a participação desse contingente de pessoas

com as demais da cidade.

A iniciativa é resultante de parceria entre a equipe interdisciplinar da SMDPD de Caraguá com as secretarias de Trânsito e de Obras, além de associações da sociedade civil, conselhos, pessoas com deficiências, mobilidade reduzida e de idosos.

Maria Lúcia Zanelli

Da Agência Imprensa Oficial



quarta-feira, 5 de dezembro de 2012

Transporte público e acessibilidade



Trânsito caótico em São Paulo. Sete milhões de carros. Toda metrópole necessita de uma grande e eficaz rede de transporte público. Com preços altos para comprar carros adaptados, ou até para adaptar os carros, o transporte público acaba sendo uma alternativa para as pessoas com deficiência.


Ronaldo Garcia, funcionário público do Tribunal militar utiliza transporte público em São Paulo, mas deixou de utilizar ônibus, por não atender suas necessidades. “Utilizo o metrô quase todos os dias, só não o faço em dia de chuva. Aí vou com minha própria condução. O metrô me trouxe uma independência enorme, com ele vou pra todo lugar em Sampa”, argumenta.

Além de dar autonomia, o metrô é apontado como um dos veículos mais rápidos, já que funciona no subterrâneo. Um problema encontrado é a acessibilidade, pois a falta de elevadores dificulta o acesso das pessoas com deficiência.

Mas Ronaldo explica que, mesmo nas estações não adaptadas, é bem tratado. “Quase todas as estações têm elevadores, e as que não possuem os funcionários dão a maior força. São treinados para isso”.

Em 2010, o metrô de São Paulo entregou dez plataformas elevatórias verticais (PEVS), uma versão simplificada dos elevadores comuns em estações diferentes como Jabaquara, Conceição, Santa Cruz, Ana Rosa e Liberdade e um elevador comum na Estação Sé.




Segundo site do metrô, 28 estações têm elevadores de acesso da rua à estação, quase todas tem elevadores até a plataforma, menos Santo Amaro (Lilás), Consolação (Verde), São Bento sentido Jabaquara (Azul).

Quanto aos outros transportes, Ronaldo afirma que algumas vezes os motoristas não param em qualquer ponto. “As vans que trabalham no Serviço de Atendimento Especial (Atende), da Prefeitura de São Paulo são gratuitas, mas são poucas e acabam deixando muita gente que precisa fora do atendimento.”



Prazo adequação

O prazo para adequação de toda frota urbana e infra-estrutura é até 2 de dezembro de 2014, segundo a cartilha Acessibilidade nos Municípios. Caso as empresas não garantam a acessibilidade, as multas devem ser aplicadas pelo município no valor de R$500 a R$2.500, por veículo da empresa que não atender as condições exigidas.

Transporte Gratuito

O Bilhete Único Especial da Pessoa com Deficiência garante o transporte gratuito nos veículos públicos municipais (ônibus, micro-ônibus) e metropolitanos (Metrô e CPTM). Pessoas com deficiência física, intelectual, auditiva ou visual, residentes na cidade ou na região metropolitana de São Paulo podem utilizar.

“Já começam a surgir serviços de taxi e vans especializadas nesta área. Você liga, marca hora, e te levam e te buscam. É caro, mas de vez enquanto vale a pena”, finaliza.

Para saber quais estações do metrô estão adaptadas: http://www.metro.sp.gov.br/servicos/deficientes/elevadores.shtml

Mais informações sobre o serviço Atende podem ser obtidas pelo site da SPTrans ou pelo telefone 156 (para a Capital). Ou no site da Mara Gabrilli:

http://www.maragabrilli.com.br/servicos/7-atende-servico-de-atendimento-especial.html

Matéria transcrita do Blog Guia Inclusivo, postado por  em 15-11-2011

segunda-feira, 3 de dezembro de 2012

Dia Internacional da Pessoa Deficiente





Hoje comemora-se o Dia Internacional da Pessoa Deficiente e no sábado, dia 1º de dezembro participamos da 9ª Passeata pela Inclusão, promovida pelas Secretarias da Pessoa Deficiente do Estado e do Município de São Paulo e pelo Movimento Superação na Avenida Paulista.



Essa passeata tem como um dos objetivos, chamar a atenção das autoridades sobre as necessidades que esse povo “malacabado” (como diz o amigo e jornalista da Folha Jairo Marque) tem, chamar o deficiente a participar da vida social de sua cidade, se mostrar e mostrar aos outros que existimos e somos capazes.